quarta-feira, julho 19, 2006

Historial Loivos da Ribeira

LOIVOS DA RIBEIRA

Loivos da Ribeira, uma das freguesias mais pequenas do concelho de Baião, estende-se por uma área de cerca de 2,61 Km2 e compreende o trecho final do vale do rio Teixeira, um pouco antes deste desaguar no rio Douro, no lugar da Ermida.

A freguesia confronta a norte e a este, com a freguesia de Tresouras; a sul, com Frende; e a leste com Santa Marinha do Zêzere,

Do alto da vizinha freguesia de Tresouras, é possível obter uma panorâmica alargada de Loivos da Ribeira, que ocupa a parte baixa do vale, aberto e espraiado.

O padroado da Igreja de Loivos da Ribeira pertencia ao morgado da Capela do Senhor das Chagas, pertencendo este à casa do Paço. O padroado passou, mais tarde, aos Tivoras, que mandaram esculpir o seu brasão sobre o arco da Capela. Este brasão, como todos os que pertenciam àquela família, foi picado, no tempo do Marquez de Pombal.

As inquisições de 1258 trazem aquele aquele que parece ser, até ao momento, a mais antiga referência a Loivos da Ribeira “Samcte Marie de Lobos” (Inq. 1165 Cfr. 1193). Em 1320, no Rol das Igrejas do Livro Branco da Sé de Coimbra (Cfr. H III. 622), surge como “Ecclesiam de Louhos”. Num manuscrito da Biblioteca Apostólica Vaticana (Collct 179.126) datado de 131, aparece “Eclesia de Lauhas”.

Interessante é uma referência de 1530 (Archivo Histórico Portuguez; VII. 246), que reza o seguinte: “Logar d’Arrufe faz na freguesia Darvys da Ribeira”. O lugar de Arufe ainda existe actualmente. Em 1542 (Censual da Mitra), surge a forma actual: “Santa Maria Madalena dos Loivos da Ribeira”.

A tradição oral é utilizada desde tempos imemoráveis, na transmissão da história e das histórias que fazem a memória colectiva de um povo. É disso exemplo, a lenda do Penedo da Boa Mulher.

Segundo a história, numa pedra de granito com cerca de 12mt de altura e um diâmetro de 50mt2, existe na parte mais baixa do seu topo, a uns 10mt de altura, uma pequena ranhura a meio do mesmo com, aproximadamente, 30cm de altura e 3/4cm de largura, a que ainda hoje, várias pessoas testemunham ter visto uma Bela Senhora a pentear os seus longos e brilhantes cabelos pretos. Sempre que a mesma se sentia observada, a abertura do penedo aumentava de tal modo que facilitasse o refúgio da bela Senhora no seu interior. Actualmente muitas pessoas afirmam ainda terem usufruído de tal visão, enquanto outras lamentam nunca o terem conseguido.

3 comentários:

M Q P disse...

Interessante, com informações precisas e concisas. Alguma história.
Exemplo para as outras freguesias baionenses (e não só)
Parabéns

Anónimo disse...

parabens carlos, por pores estas informaçoes sobre a nossa linda terra.
beijinhos..........
continuem assim

Anónimo disse...

obrigado por me promocionares alguns momentos como este. Pois fico sempre contente em ler/ ver, algo associado á minha aldeia,foi aí que passei toda a minha juventude, nunca vou esqucer.